PSICOGRAFIAS
PSICOGRAFIAS
Introdução
Esta página destina-se a partilhar, com todos os que desejarem, os textos psicografados por João Moura.
Antes de iniciar a partilha das psicografias parece-nos importante apresentar, de forma muito resumida, o que é a psicografia e quais as suas características.
A psicografia é a técnica utilizada pelos médiuns para escreverem um texto sob a influência de um Espírito desencarnado.
É através dos chamados MÉDIUNS PSICÓGRAFOS que acontece este que é considerado o meio de comunicação mais simples, cómodo e, sobretudo, o mais completo. Todos os esforços devem ser feitos para o seu desenvolvimento, porque permite estabelecer relações tão permanentes e regulares com os Espíritos, como as que mantemos entre nós.
Sem pretensão a esclarecimentos académicos, parece-nos importante tecer algumas considerações breves sobre psicografia.
No tempo em que Allan Kardec teve contato com as manifestações espíritas, o meio utilizado para a comunicação entre os dois planos eram as mesas girantes. Esse mecanismo constituía-se de uma pequena mesa de três pés, sobre a qual se colocavam as pontas dos dedos de duas ou mais pessoas. Sob o efeito de um agente até então desconhecido, influenciado pela ação energética dos manipuladores, a mesa saltitava dando pancadas no soalho. Por meio dessas batidas convencionou-se um alfabeto e foi possível obter as primeiras mensagens entre o mundo invisível e o visível.
Algum tempo depois, a imaginação dos adeptos dessa metodologia criou outros mecanismos que facilitavam a comunicação dos Espíritos através dos médiuns. Destacando-se a cesta-pião, a mesa miniatura, as pranchetas e a cesta de bico.
A escrita obtida por esses instrumentos primários foi chamada mais tarde de "psicografia indireta". Após a fase primitiva, alguns experimentadores tiveram a ideia de substituir as cestinhas pela mão do próprio médium, o que deu origem à "psicografia direta" ou "psicografia manual", utilizada até aos dias de hoje.
Tal como descreve Edvaldo Kulcheski, pesquisador espírita:
“ A psicografia é a mediunidade pela qual os espíritos influenciam a pessoa, levando-a a escrever. Os que a possuem são denominados médiuns escreventes ou psicógrafos.
Uma das vantagens da psicografia é ser o mais simples, cómodo e, sobretudo, completo de todos os meios de comunicação. Outra vantagem é que não pode ser alterada e não fica na dependência da memória ou da interpretação dos participantes da reunião, como no caso da mensagem oral. Além disso, a análise e a crítica às mensagens torna - se mais fácil, permitindo um estudo aturado da mensagem quanto ao estilo, conteúdo e às ideias. Pode ainda ser comparada com outras ditadas anteriormente pelo mesmo espírito.”
Também Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, refere que todos os esforços devem ser feitos no sentido de desenvolver a psicografia. Trata-se da mediunidade mais fácil de ser desenvolvida, uma vez que o seu mecanismo de sintonia é facilitado pelo automatismo proveniente do processo de escrita.
Quando uma pessoa está a escrever a mente consciente procura as ideias no inconsciente, para ordená-las no fluxo criativo. Como a influência espiritual se dá na camada inconsciente, isso facilita a sintonia com o Espírito comunicante. Quando se trata de dar vida lógica e racional a um texto, é muito mais confortável escrever do que falar.
A psicografia pode ser:
Mecânica – Nesta situação o médium apresenta um movimento da mão independente da sua vontade não tendo a menor consciência do que escreve. Essa faculdade é preciosa pois não pode deixar nenhuma dúvida sobre a independência do pensamento de quem escreve. Estes médiuns são chamados de médiuns passivos ou mecânicos.
Semi-mecânica– Nesta situação o médium, embora sinta um impulso dado á mão sem sua vontade, tem consciência do que escreve à medida que as palavras se formam. Este tipo de médiuns é o mais numeroso.
Intuitiva – O médium tem consciência do que escreve embora não sejam suas as ideias escritas. Este tipo de psicografia é efetuado por médiuns intuitivos.
Por inspiração– Toda a comunicação recebida pelo pensamento, quer em estado normal, quer em estado de êxtase, estranha às suas ideias preconcebidas pode ser colocada nesta categoria. A intervenção, neste tipo de psicografia, por parte de um ser espiritual é muito difícil de se distinguir entre o pensamento próprio e o que lhe é sugerido.
Cientificamente se descreve a influência do Espírito descarnado com o psicógrafo da seguinte forma:
“O fluido vital ou eletricidade biológica, como é classificada pela medicina académica, escoa-se facilmente pelo corpo humano através da rede nervosa, principalmente pelas pontas dos dedos e cabelos, na forma de energia dinâmica em dispersão ou “fuga” pelas pontas.
Os plexos nervosos são fonte de fluido vital armazenado, constituindo-se de reservas energéticas que, a qualquer momento, transformam-se em energia dinâmica fazendo a conexão dos órgãos físicos e as suas respetivas contrapartes ou matizes situadas no perispírito, que são extremamente sensíveis à atuação de espíritos desencarnados. Quando o médium conserva maior potencial de carga magnética em torno dos plexos nervosos, ele também oferece melhor ensejo para os desencarnados acionarem os seus nervos motores e, assim, identificarem-se mais facilmente por suas características individuais.”
ESQUEMA DA ATUAÇÃO DOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS SOBRE O MÉDIUM
Quem pode ser médium psicógrafo
Não há nenhum meio de diagnosticar a faculdade mediúnica a não ser através da experiência. Algumas pessoas, no entanto, confundem certos movimentos involuntários de braços e mãos, provocados por Espíritos obsessores, como sendo indícios de mediunidade psicográfica, o que têm levado algumas delas a sofrer graves deceções, escrevendo obras apócrifas.
A melhor maneira de se saber se uma pessoa tem ou não capacidade para escrever sob a influência ostensiva dos Espíritos é submetê-la à experiência. É porém conveniente que o candidato à mediunidade já tenha noções fundamentais acerca do que é o Espiritismo.